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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Diferente de tudo o que eu já vi

São 23:59h do dia 10 de agosto de 2010. Acabamos de chegar de São Paulo com a Leoa. 

Depois dos 15 minutos de recomendações e explicações passadas pelo ex-dono da menina, o Tenente Xavier, tirei a moto do cavalete e movi-a lentamente para frente, com o cuidado de passar por entre dois postes que limitam o estacionamento de motos na sede do COPOM. Após passar por este primeiro desafio parei a moto e a Pri montou na Leoa. Demos a volta pelo estacionamento lentamente em primeira marcha e neste momento já começamos a criar uma certa intimidade com esse animal domesticado.

Pegamos a Av. Tiradentes e seguimos lentamente ocupando a faixa dos carros, pois com os alforges da BMW ela fica quase do tamanho de um carro.
Ao pegar a avenida que passa na frente do campo de Marte consegui dar o primeiro toque leve no acelerador e com isso engatar a terceira marcha.
Seguímos pela Marginal já com uma certa intimidade com a máquina e resolvi esticar apenas um pouquinho a terceira marcha antes de engatar a quarta e assim conhecemos o rugido da Leoa.

O espaço do banco e o tamanho descomunal dessa motoca fez a Pri ficar um pouco insegura, pois ela ficava longe uns 10 cm do meu corpo e a mesma distância do bau, posicionado atrás dela. Estava praticamente solta na moto!

Mas foi no momento que pegamos a Bandeirantes que senti uma euforia incontrolável ao ver que ao acelerar um "besteirézimo" ela andava silenciosamente e confortavelmente a 120 km/h. E assim seguimos a viagem até Campinas, parando inicialmente para abastecer a motoca no primeiro posto da Bandeirantes e depois seguindo direto. Confesso que tive que lutar contra meu impulso de passar reto por Campinas e continuar rodando até onde aguentasse, mas achei melhor ir para casa, afinal de contas... Eu estava com fome!

A sensação de pilotar essa moto é algo diferente de tudo o que eu já havia experimentado. Ela é grande, muito grande, confortável, potente e bonita. Um conjunto maravilhoso, uma verdadeira obra de arte da engenharia alemã.

Detalhes que estranhei, mas como tudo nessa vida... A gente acaba se acostumando:
As respostas do cardã, que são bem diferentes das respostas de motos com corrente, os comandos de seta, que depois de 10 minutos eu estava completamente familiarizado (eu nasci para essa moto e ela nasceu para mim!), O motorzão que não te deixa sentir frio nos pés nem numa nevasca, a posição de pilotagem (extremamente confortável e diferente do que eu estava acostumado)
Posso apenas dizer que amei a Leoa e que essa será uma companheira para inúmeras viagens!


terça-feira, 10 de agosto de 2010

O encontro com a Leoa


Estou com as mãos suadas de nervoso. Confesso que tem sido difícil dormir desde sábado quando fechamos negócio com a Leoa. Finalmente encontramos uma BMW em bom estado e de procedência. A Leoa, como a Pri nomeou é uma R 1150 GS BMW 2001 amarela, rainha das savanas.
Faltam 4:45 h para saírmos com ela de São Paulo em direção a Campinas e não estou aguentando de ansiedade. Eu e a Pri já trocamos inúmeras mensagens pelo celular e realmente estamos completamente ansiosos para desfrutar do momento que montaremos na Leoa e seguiremos sentido nossa casa.

Acho que as últimas horas são as piores, pois ainda preciso ir para casa deixar a Fazer, encontrar com a Pri e seguir para a rodoviária.

Ô hora que não passa!!!


domingo, 1 de agosto de 2010

Piloto automático para Moto?

Acabei não me estendendo a respeito de um assunto em particular para não deixar o relato da viagem de ontem maior do que já estava e também porque acredito que este tópico mereça comentários a parte.

Em viagens longas, depois de 400 km rodando, comecei a sentir dores no pulso direito devido a posição da mão, que fica com o pulso levemente torcido e com movimentos limitados para poder segurar o acelerador da moto. Ontem conversando com o Wil, descobri dois simples acessórios que poderão ser uma maravilha se bem usados.

Um deles foi me apresentado como "Piloto Automático Manual". Assim como em carros mais sofisticados existe o piloto automático de velocidade eletrônico, onde é possível programar a velocidade de cruzeiro e simplesmente conduzir o carro sem se preocupar com o velocímetro e diminuindo assim os riscos de multas, foi inventado um dispositivo que trava o acelerador da moto, mantendo-o em uma posição escolhida pelo piloto e dessa forma atuando como uma espécie de "Piloto Automático Manual". Este modelo ao lado eu encontrei no www.mercadolivre.com.br, e por uma coincidência é exatamente para a Fazer 250, minha atual moto.
Pesquisei a respeito deste acessório em Fóruns e sites a internet  e realmente é um item polêmico. Muitos dizem ser perigoso se ocorrer uma falha do dispositivo, pois poderá manter a moto acelerada em um momento inadequado, onde você estiver precisando freia-la de forma rápida, por exemplo. Outros dizem que o sistema que solta o acelerador é seguro e que o dispositivo é excelente para viagens com longos trechos de retas onde se mantem velocidade constante. Em fim... não existe aprovação legal, é um acessório por conta e risco do condutor, mas que mesmo assim eu achei interessantíssimo.

Outra peça que o Wil tinha instalada na motoca dele era o "Apoio de Acelerador". Mais um acessório inteligente para grandes viagens. A peça deve ser encaixada no acelerador da moto permitindo que o usuário acelere com a mão em posições diferentes da convencional, sem a necessidade do giro constante de pulso ou de ficar segurando firmemente o guidão para manter a moto acelerada. Acessório este também disponível no www.mercadolivre.com.br. Quanto a segurança, caímos nas mesmas questões anteriormente citadas, que a mão estará em uma posição inadequada para acessar os freios da motocicleta em condições de emergência. Novamente não é um acessório aprovado e os riscos são por conta do usuário.

Vamos pensar em um carro agora. Se pensarmos dessa forma para conduzir um carro, não poderíamos deixar o pé esquerdo em posição de descanso, por exemplo, e as duas mãos do condutor deveria ficar posicionada o tempo todo no volante nas posições de 3h e 7h, mas sabemos que não é assim que as coisas acontecem. Por tanto, ao meu ver, o uso destes acessórios é excelente, mas andar de moto sempre foi e sempre será uma atividade que deve ser realizada com o máximo de atenção e prudência. Vejo o uso deste tipo de acessório como itens de conforto para longas viagens que devem ser utilizados em velocidade de cruzeiro. Quer correr? Nem pense em deixar a motoca correndo em automático.